terça-feira, abril 25, 2006

25 de Abril

Tenho a impressão, ano após ano mais acentuada, que o 25 de Abril é mais um dia com sabor a Domingo e a "Capitães de Abril", assim como o Natal não teria o mesmo significado sem um frio de rachar e o "Sozinho em Casa" 1, 2 e 3 ou "Os Cento e um Dálmatas" / "Os Cento e dois Dálmatas" a passar na televisão...
Gostava de saber o que é o George Steiner teria a dizer sobre o fenómeno.
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De qualquer forma, aqui fica o início do discurso do Presidente da República de hoje de mãnhã:
Há exactamente trinta e dois anos, Portugal marcou encontro com o futuro. Esse futuro é hoje o nosso presente. As efemérides são sempre memória do encontro da história com o calendário. E porque as efemérides se repetem, mas a história não, desse reencontro anual decorre o risco de celebrar a mera repetição do dia e de perder cada vez mais o sentido de abertura à história que marcou a nossa memória colectiva. (...)
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Discurso do Presidente da República na Sessão Solene Comemorativa do XXXII Aniversário do 25 de Abril

quinta-feira, abril 20, 2006

cartesianas incontinências

O amigo a quem contamos as nossas tribulações amorosas converte-se geralmente num fanático da racionalidade e da sensatez. Se estivesse no nosso lugar cometeria possivelmente os mesmos erros e sentiria as mesmas dúvidas. Mas, vendo-nos de fora à distância de um médico que sabe que a dor do doente não o afecta, torna-se num cartesiano incontinente.
Pedro Lomba
PS: O que me vale é a tua cartesiana incontinência...

quarta-feira, abril 19, 2006

insanidades

Se ganhasse o euromilhoes comprava um sistema de som top e instalava-o no meu quarto, numa casa ali na Alfândega... e nao saía mais de lá

... enquanto não escrevesse um tratado qualquer sobre magnólias e outros lugares do medo.

domingo, abril 16, 2006

Páscoa 2006

Gustav Klimt . "Farm Garden with Crucifix"



encosto-me aos descampados,
encosto-me
à morte como um insecto
em redor da luz.

dá-me um deus que se misture entre
os gentios e faça a mesa com os impuros.
diz-lhe que sangre como os homens
e embale os filhos no regaço.

[diz-lhe que sangre . 2005]