um poema por dia...
Sábado estive na Casa do Desenho no lançamento do primeiro livro de João Bateira, "Solilóquios" (cosmorama 2006), uma esperança muito séria da novíssima poesia portuguesa.
NOME COMPLETO
A tua poesia como um nome completo
largo véu ligeiro
cobrindo o concreto lugar de ti.
João Bateira . Solilóquios . cosmorama 2006
Ontem - dia a árvore, início da Primavera e dia internacional da poesia - estive na FNAC do Gaia Shopping, na apresentação do novo livro de José Rui Teixeira, "O fogo e outros utensílios da luz" (quasi 2005), posfaciado e apresentado por Eunice Maia.
Abre as pernas, dizia-lhe. Morre. E ela morria
e os filhos mastigavam a luz como frutos secos.
Morria com os lírios redimidos sobre a mesa
da sala no domingo de páscoa, a substância
audível de um ventre em combustão sobre a
humidade da terra, o risco assimétrico do fogo,
a queda como vocação para cair ou a
proximidade dos corpos ou a devolução
inesperada das mãos. Morria.
José Rui Teixeira . O fogo e outros utensílios da luz . Quasi 2005
Hoje fui ao Colégio Luso-Francês à apresentação de "A meta física do corpo" (cosmorama 2006), um ensaio de Rui Lage sobre a poesia de valter hugo-mãe, seguido de uma antologia.
a morte não me
assusta, hei-de voar-lhe
no céu da boca
assim que se prepare para
me engolir
valter hugo mãe . três minutos antes de a maré encher . Quasi 2004 (2ª edição)
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ps: ...não sabe o bem que lhe fazia
ps: ...não sabe o bem que lhe fazia
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