terça-feira, janeiro 31, 2006
chinesices
- Eh pah, sabes... as cadeiras já parecem chinês que chegue.
CURSO DE LÍNGUA E CULTURA CHINESA
promovido pela Escola de Direito - UCP Porto
impertinências
Estamos sempre na corda bamba entre as razões do Velho do Restelo e a ânsia de partir. Parto em Erasmus ou peço transferência para Lisboa?
segunda-feira, janeiro 30, 2006
eu e ele
Eu e ele, numa área de serviço perto de Santarém.
Na praia da luz os dias podem ser muito luminosos, o céu mais azul com o mar a salpicar-nos a pele e a conversa. Descobri uma música bestial, do Paulo Gonzo com o Rui Reininho e o Bernardo Sassetti: "coisas soltas". Aqui fica um pedacinho da letra, escrita de memória.
Já não me deixas ser assim, pequeno almoço só para mim, as marmeladas, compotas e saladas, na hora de vestir mais um sim. E os menus na nossa mão, escolher entre croissants e pão, um cigarrinho, um baton, faz beicinho, um avião ou de metro pertinho, ou mesmo ficar aqui
tantas coisas tontas que me lembram de ti.
segunda-feira, janeiro 23, 2006
domingo, janeiro 22, 2006
Receita de mulher
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República
Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como o âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos, então
Nem se fala, que olhem com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar as pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
É como um rio sem pontes. Indispensável
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteia em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mais que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas bem haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!)
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços, no dorso e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37º centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da terra; e
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se se fechar os olhos
Ao abri-los ela não mais estará presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.
Vinicius Moraes
sexta-feira, janeiro 20, 2006
links
Caminho de Santiago . Fevereiro 2005
imagina que deus te fez para mim. como se a maravilha que vivo fosse só a consequência da sua vontade. imagina que tudo será perfeito, mesmo que, tão precipitadamente, entendamos ter encontrado o que não existe
valter hugo mãe in casa de osso
quarta-feira, janeiro 18, 2006
Das Escutas Telefónicas
O telefone lá de casa
Só paga o que fala
Quem liga não paga mais
Época de Exames
- Pois... é como ter medo do escuro. Temos sempre medo do desconhecido.
Moral da História: a avaliação contínua dá saúde e deixa dormir.
Jardim das Virtudes
Mas hoje andei
por aqui
e por aqui.
Só se o "Nevoeiro" andar pelas cabeças, que nas Virtudes nem vê-lo. Sol de Inverno, um dia bonito... tudo suspeito, muito suspeito. As más línguas afirmam que foi montado um completo sistema de escutas, mas fontes oficiais garantem que já foi instaurado um inquérito com vista ao apuramento de toda a verdade, a ser apresentado em "momento oportuno".