terça-feira, janeiro 16, 2007

viagens no tempo IV

[diz ele]

a eternidade é exactamente isso, a ausência de tempo. só que sofremos a consequência inevitável da dilatação temporal. quando saímos da nossa máquina do tempo, o tempo lá fora avançou anos, e nós nem nos apercebemos
porque, para nós, foi um instante,
em que o início foi contemporâneo do fim.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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Rgds //Techno Buzzz
techno-buzzz

3:41 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

as plantas deslocam-se
fendem a parte granítica da memória
os quartzos e as argilas provocam a amnésia
o corpo alimenta-se de resina
tolhe-se cintilante a um canto da casa

serão os pastores capazes de reacender o mágico fogo?
a terra incha abre-se às sementes mais amargas
o jardim abandonado nos lábios das crianças

os animais vêm beber em teus lábios
água púrpura e breves nuvens de açucar
e no instante de um cometa eclode a última flor viva
o regresso é uma queda dolorosa de órbita em órbita
no entanto
nenhum obstáculo foi suficiente para impedir
este cíclico regresso à terra
nem mesmo o inflexível rigor da morte extravasou
os fascinados rebanhos

Al Berto
Tentativas Para um Regresso à Terra

2:40 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

brilhante. "o início - é sempre - o contemporâneo do fim".

12:13 da tarde  

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