segunda-feira, novembro 14, 2005

o tempo mais puro

Este sábado, 12 de Novembro, apresentei ao Clube dos Poetas Vivos "o tempo mais puro" (cosmorama 2004), numa Casa belíssima de Ponte da Barca. O José Nuno Magalhães também esteve comigo e lembrou-me porque escrevemos quase sempre a meias. Disse-o por diversas vezes: "este é o início da minha voragem", e isso resume as minhas pretensões relativas a este livro. Todavia, cada vez mais o assumo como algo muito próximo de uma profissão de fé, a possibilidade de algo ainda intacto, um lugar ainda puro, no quotidiano de uma cidade.
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fotografia de Jonilson Montalvão
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eu sei: o medo é um mover contíguo à inocência onde
continuamente morremos como pequenos pássaros fugitivos
basta ler nos teus olhos que as estações são lugares
de passagem e quem as habita será sempre
um estranho que colhe magnólias dos carris
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Isabel Coelho dos Santos, in O tempo mais puro (cosmorama 2004)